quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Os resultados dos vestibulares começam a ser divulgados


Que coisa boa!
 Entrei no face agora e os alunos começam a postar seus resultados nos vestibulares. Passei aqui, passei ali. Já fiz matrícula.
Esforço de anos que se concretizam pra uns,  e sonhos que são adiados pra outros. Adiados...........
Não há problema! Recomeçar faz parte da vida, refazer a história, rever conteúdos, repensar as escolhas e a possibilidade de rever a escolha de curso superior. Não há problema em recorrer a um cursinho, ter a possibilidade de rememorar os conteúdos já vistos, refazer algumas provas dos vestibulares para os quais você tem foco.
Tudo vale! Vale ficar feliz porque já conseguiu a vaga, vale ficar triste porque ainda não deu certo. Mas, dê um tempo pra si mesmo. Vamos ao plano "B". Em tudo na vida temos 50% de chances do sim ou do não. Se sim, valeu. Se não, valeu do mesmo jeito. Tudo são vivências e experiências que de alguma forma vamos aproveitar. Talvez não percebamos agora, mas aprendendo  a lidar com as frustrações, estaremos fazendo um bom treino para lidar com a vida. Com aquilo que nâo dá certo no momento que gostaríamos e que sonhamos, que nos chateiam, mas que nos renovam no desejo de lutar e sonhar com todo empenho por aquilo que queremos.
Viver  requer incluir o que não conseguimos, no tempo que gostaríamos!Nem por isso desistirmos!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Chegou o "terceirão". Hora de priorizar a escolha de profissão!


Estamos de volta! Volta às aulas, novo recomeço.

Para os alunos do "terceirão", um ano especial, onde serão desafiados não só na conclusão do Ensino Médio, mas terão que ter "um olho no gato e outro no peixe", porque estarão vislumbrando nesse ano, o futuro que está por vir. Terão que decidir por um curso, passarão pela frustração de ter que excluir alguns cursos que talvez até dessem certo.
E irão se frustrar, porque ninguém terá essa resposta para dar. A resposta do que farão com sua graduação, seu curso superior, que rumos seguirão na sua escolha profissional, em que área pretendem atuar. Ufa! Não será uma tarefa fácil, mas será uma das mais belas tarefas. Decidir a própria vida, dar rumo à própria história, se envolver com assuntos e atividades de interesse. Experimentar a autonomia de ser o dono do próprio rumo!
Isso exige empenho. Exigirá de vocês, implicar-se e envolver-se com esse assunto, que deverá estar nas suas  prioridades. Escolher é um ato de coragem, dá trabalho, e sugere que você guarde um pouco de tempo por dia, para se dedicar à esse assunto!
Mas, não se desespere. Não sofra porque ainda não sabe! Não saber faz parte dessa idade, desse momento. Mas, a atitude perante àquilo que não sabemos é ir atrás!
Então vamos juntos!

domingo, 2 de dezembro de 2012

As famílias estão muito caladas!


   Depois de tantos anos de atuação com adolescentes, tendo a possibilidade de atualizar-me na linguagem, nos filmes, nos livros, nas gírias, nas relações, no "ficar", no "não ficar", na dor de ter ou não a possibilidade de algumas coisas, nas inseguranças próprias da juventude, no silêncio das famílias...
Sinto-me muitas vezes tentando entender que corrente é essa que foi instituída das "não relações". Dentro de nossas próprias casas! Tenho a impressão que investir nos relacionamentos têm dado muito trabalho, por isso, a ideia do descarte está atualmente tão estabelecida, a solidão instalada - no meio de tantas pessoas nos sentimos absolutamente sozinhos, a depressão, doença e não comportamento, é uma das maiores existentes hoje no mundo. Anti depressivos, terapia, acompanhamento, encaminhamento, terceirização da educação de nossos filhos. Diagnósticos rodando a nossa atuação profissional. Elementos altamente importantes na condução da vida de nossas crianças e jovens.
   Impressiona-me o que a vida está fazendo com as pessoas, ou melhor - a não vida! De que vida estamos falando? Que tipo de seres somos e que tipo de historia queremos passar aos nossos filhos, crianças e adolescentes?
   Somos adultos indisciplinados! Falamos de algo que não conseguimos fazer. Dizemos coisas, criticamos, cobramos e nos colocamos como exemplos daquilo que não somos! Temos dificuldade em viver de maneira transparente. Temos atitudes que não condizem com o que insistentemente pregamos aos nossos filhos. Fomos cobrados, eu sei! Mas o que estamos fazendo com tudo isso? Vejo hoje a necessidade das pessoas organizarem encontros para estarem juntas, o que é muito bom, muito gostoso estar juntos. Eu mesma, participei de dois ontem. Um de ex colegas de classe do antigo Colegial ( pessoas entre 50-55 anos) e outro de uma Comunidade de Jovens da qual participei nos idos anos de 1970-1975. Coisa boa! Como é bom estar junto às pessoas que um dia nos foram significativas, antigos professores, amigos, confidentes, ex namorados, amigos que aprontavam mais, amigos mais sérios, mais extrovertidos.  Como é bom o aconchego daquilo que é humano- o abraço, o beijo, as lembranças, a saudade... Historias que hoje contamos aos nossos filhos, mas que infelizmente não conseguimos viver com eles!
O que tudo isso tem a ver com escolha de profissão?
Os jovens só conseguirão escolher se tiverem a possibilidade de se apropriar de suas historias de vida. Quantos jovens não têm a menor noção dos que se passou  na historia de seus pais? Será que isso não tem reflexos na vida deles, na carreira que irão seguir? Que tipo de argumentos nossos jovens terão na sua vida? Como se sairão nas  dinâmicas e entrevistas de trabalho? Se lembrarão do que seus pais e professores contaram, conversaram, discutiram, ou se basearão numa construção pessoal de sites, links, celulares, e a grande solidão das redes que aderimos sem pestanejar? O homem e a máquina digitando, lendo, assistindo, mas, não falando, não olhando com olhos de ver. Ouvindo, mas, não escutando. Não tem toque, a pele não sente, os olhos que não vêm as lágrimas, o assunto que precisa ser conversado e que trava na nossa garganta e não sai. O silêncio!
Porque será que não nos permitimos mais falar de nós, sentir, rir, chorar, contar, reviver, abraçar, pedir desculpas, admitir que erramos, elogiar, incentivar, repreender, dizer o que pensamos. Porque será que saímos juntos, mas a nossa relação se pauta em um eletrônico em nossas mãos? Porque será que fazemos de conta que estamos, sem estar?
Pais, adultos da relação. Temos que perceber a nossa influência e a nossa responsabilidade sobre o desenvolvimento de nossos filhos. É na nossa existência, em nossas atitudes que eles pautarão o seu futuro. Ainda dá tempo!

domingo, 28 de outubro de 2012

A eleição e a escolha de carreira


   
   Estava refletindo hoje, em época de eleição, como seria importante se nossos jovens vislumbrassem como expectativa e sonho,  a possibilidade de seguirem uma carreira política, uma carreira pública. Fato é que a incredulidade permeia a nossa relação com essa "coisa" chamada política. E não é à toa! Desde que me conheço por gente, vinda de uma família altamente politizada, a ideia que ficava era de que,  esse era um mundo pra poucos e, que, só os mais "capacitados" e intelectualmente privilegiados estariam aptos à exercer um cargo de liderança como vereador, prefeito, deputado estadual ou federal, e até presidente da República. Hoje percebo que além desses atributos nem tão exigidos, mas,  sem dúvida importantes, o item ética, é aquele que mais faz  falta. Pela minha relação adulta com as questões políticas e as conversas que dividimos em casa, no colégio, percebo a desesperança do adulto e do jovem. Na maioria das vezes, se o jovem pensa lá na frente em exercer um cargo político de liderança, parece que partem  do pressuposto,  que esse é um mundo à parte do todo. Como se alguém eleito,  estivesse privilegiando apenas sua vida, seus rendimentos e sua abundancia material pessoal. Não gostaria de pensar e não gostaria que o jovem pensasse dessa forma. Parece-me uma situação já instituída que não temos possibilidade de mudar, e confesso, sinto-me também frustrada e com dificuldade de pensar diferente. Como se fôssemos reféns de um "bando" de pessoas, que são nossos "funcionários", por nós, eleitos, e que não se preocupam em nos prestar contas do que estão fazendo com nosso dinheiro, com os altos impostos que pagamos. Há de ter jovens, no meio dessa multidão,  que está prestes a escolher profissão, alguns que com sua habilidade administrativa, com seu planejamento, com uma equipe bem estruturada, com olhar para o ser humano, concorra nas futuras eleições à cargos públicos.
   Sim, a humanização da política, a humanização dos políticos. Humanizar - tornar humano- colocar-se no lugar do outro, do que não teve a mesma oportunidade na vida. O ser humano "bem tratado" é outro ser. O ser humano que sente-se valorizado pela qualidade da escola, da educação, da saúde, de hospitais, médicos, psicólogos, de onde mora.
   Será difícil termos jovens dispostos a liderar esse estandarte de mudança?
   Queridos jovens, sigam seus caminhos profissionais, mas pensem que também há espaços importantíssimos na carreira política, mas só se habilite à isso se, de fato você se importa consigo e com o outro. Assim teremos possibilidade de vibrar com você e mudar essa história.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O que representa a família na vida do filho?


   Vários estudiosos escrevem sobre a importância do papel da família na vida do filho-aluno.Quero falar da prática; daquilo que assistimos no dia -a dia de uma grande escola.   
   O aluno vai passando por diferentes etapas e necessidades no seu desenvolvimento, porém, em todos os momentos, nas diferentes faixas etárias, nos diferentes cursos, é inegável o grande reflexo e a grande diferença entre aqueles que são "bem assistidos" e aqueles que são "abandonados".
   Esse "abandono" não acontece só porque trabalhamos muito para garantir a sobrevivência. Vivemos numa sociedade exigente, que cada vez mais nos cobra o "ser" e o "ter". Consequentemente, essas necessidades atingem em cheio a vida de nossos filhos.
O "abandono" a que me refiro, é a solidão a que muitas vezes, o filho é submetido. Solidão de palavras, de gestos, de interesse, de sensibilidade, de ter que dar conta sózinho.
   Funcionamos, sim, como fiscalizadores e não como acompanhantes-parceiros, não só da vida escolar, mas da vida deles em geral. Nossos filhos além de alunos são filhos, são netos, são sobrinhos, às vezes são irmãos, são namorados, são amigos, ou seja, têm na sua vida diferentes papéis, diferentes "funções".
   Ouvir os filhos dá trabalho, porque, a partir da fala deles, temos que rever nossos conceitos, nossa juventude, nossa função de pais, nossa "disciplina ou indiscplina" de adultos, e isso nem sempre é muito agradável. Nossos filhos precisam de nós!
   Interessarmo-nos pelos assuntos deles significa pararmos outras coisas para ter escuta, significa desligarmos o notebook, a TV, significa ouvirmos a opinião deles, sem acharmos que o mundo gira em torno da nossa verdade adulta.
   A tendência natural é que nós, pais, sejamos sempre movidos por boas intenções, mas ao negar uma simples realidade, uma pequena experiência de vida relatada ou vivida por eles, damos ao filho a impressão de que ele existe no incompreensível ou de que a sua capacidade não é suficiente para dar conta da vida.
   O filho deve sentir-se levado a sério, tendo suas próprias opiniões e escolhas. Tem o direito de errar - Óh céus! Quanto  nós pais já erramos! Eles têm o direito de começar de novo, de investigar. E, nós pais, precisamos cuidar de nossos gestos, do nosso olhar, da palavra mal pensada e dita, pois podemos contribuir para atenuar ou acelerar problemas mais sérios. Somos o adulto da relação.
   O ser humano compromete a sua capacidade de funcionar se não tiver sua auto -estima intacta, e os nossos filhos poderão tê-la ou não, dependendo de como nos envolvemos com os seus feitos, com os seus sucessos, derrotas, conflitos. Nosso filhos precisam de nós! E precisam de nós também para escolher a profissão que irão seguir.
   Nós pais, somos referência para nossos filhos, e se formos uma referência parada, que não opina, que não se interessa, uma referência que eles não se orgulham de ter. Se deixamos o tempo correr para ver se lá na frente tem jeito, estaremos seriamente sujeitos a ficar recolhendo os cacos da nossa dificuldade em assumir a missão que é nossa, e que ninguém poderá substituir-nos: Sermos Pais.

sábado, 29 de setembro de 2012

Crescer dói, mas é necessário!

  
Para alunos do 3º ano do ensino médio, em especial para os alunos do Colégio Divino Salvador
   Recebi nessa semana um aluno, um tanto quanto aflito pois não sabe como lidar com o fato da mãe - pais separados - não facilitar-lhe a possibilidade de escolher um curso, em uma faculdade,  onde terá que morar em outra cidade, e que, devido à distância, terá a possibilidade de vir à cada 15 dias de volta pra casa.
   A história é que,  esse filho e essa mãe, até pela circunstância da separação dos pais, quando ele era ainda pequeno, fez com que um vivesse em função do outro, e a ideia é que esse momento de "separação" iria demorar muito à chegar. Só que chegou e isso está desestruturando essa história e esse caminhar juntos.
   Percebo que, nós mães, temos mais dificuldade em aceitar o momento de crescimento e escolhas pessoais dos filhos, quer seja no curso, no namoro, no estilo de vida. Somos "leoas" quando, sentimos o eminente "perigo" de "perdermos" nossas crias. Volto à dizer que nós somos os adultos dessa relação, e apesar de sentirmos um "friozinho na barriga" quando os filhos nos anunciam:"Vou prestar tais e tais vestibulares, aqui, acolá, etc", temos que trazer os pés à realidade e perceber que eles já não dependem tanto da nossa opinião e do nosso estado de vida,  para decidirem seu futuro. Somos importantes para eles e o seremos sempre, porém, a hora é agora.
   Deixemos que eles sonhem, se arrisquem, pensem grande esse futuro. Não vamos reduzir as possibilidades de nossos filhos à esse pequeno entorno,  que é a cidade que moramos, às faculdades que existem na cidade, à facilidade que terão continuando a morar em nossa casa. O filho sonha ir longe, e esse ir longe significa  muitas vezes, ir longe fisicamente dos pais, da mãe. É experimentar como se darão tendo que pegar ônibus, fritar ovo, fazer miojo, ligar pra mãe perguntando como faz strogonoff, marcar consulta no dentista. Ir longe é testar-se no exercício de usar bem o que nós pais e nós mães orientamos e demos de valores durante todo esse período que permaneceram sob a nossa tutela. Mães; sofram, mas não tanto ao ponto de truncarem a possibilidade de grandes êxitos e grandes tentativas de seus filhos.
   É o que sempre digo: crescer dói, mas é necessário e urgente!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Quero adiar o Vestibular!


Os sinais de cansaço começam a aparecer nessa época do ano letivo. Alguns alunos bastante focados no desejo de uma boa aprendizagem e tentando manter o "pé no acelerador" motivados pelo grande desejo de concluir a etapa do ensino médio e iniciar - se possível- a graduação,outros ainda preocupados em dar conta do ensino médio, tentando somar os pontos necessários para garantir a aprovação.
 De qualquer forma, é interessante que o jovem tenha  clareza que, embora as expectativas os "empurrem" para prestarem o vestibular ao término do ensino médio,  podem pensar diferente!
Muitos alunos,  que trocam suas indecisões comigo, trazem consigo dúvidas e inseguranças com relação a qual o momento certo, quando vão amadurecer, quando vão ter certeza do que querem?
Particularmente,  percebo como algo natural o aluno desejar ter mais um ano, mais um tempo, uma ano de cursinho, até ter um contato maior com a vida.Isso não lhes dá garantia, porque o 100% de certeza não existe. Toda escolha envolve riscos e a escolha do momento certo depende de cada pessoa. Porém é importante que os pais não se assustem se o filho manifestar o "não desejo", porque isso também é uma escolha!
Um ano a mais pode fazer uma diferença significativa no foco da vida!