A ideia do blog é a demanda! Adolescente sofre para escolher. Sofre para tomar decisão, porque escolher significa ganhos e perdas! E muitos se veem solitários para essa escolha tão significativa em suas vidas! Se você está nesse momento e tem dúvidas, parabéns. Significa que a maturidade está acontecendo!
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
O que representa a família na vida do filho?
Vários estudiosos escrevem sobre a importância do papel da família na vida do filho-aluno.Quero falar da prática; daquilo que assistimos no dia -a dia de uma grande escola.
O aluno vai passando por diferentes etapas e necessidades no seu desenvolvimento, porém, em todos os momentos, nas diferentes faixas etárias, nos diferentes cursos, é inegável o grande reflexo e a grande diferença entre aqueles que são "bem assistidos" e aqueles que são "abandonados".
Esse "abandono" não acontece só porque trabalhamos muito para garantir a sobrevivência. Vivemos numa sociedade exigente, que cada vez mais nos cobra o "ser" e o "ter". Consequentemente, essas necessidades atingem em cheio a vida de nossos filhos.
O "abandono" a que me refiro, é a solidão a que muitas vezes, o filho é submetido. Solidão de palavras, de gestos, de interesse, de sensibilidade, de ter que dar conta sózinho.
Funcionamos, sim, como fiscalizadores e não como acompanhantes-parceiros, não só da vida escolar, mas da vida deles em geral. Nossos filhos além de alunos são filhos, são netos, são sobrinhos, às vezes são irmãos, são namorados, são amigos, ou seja, têm na sua vida diferentes papéis, diferentes "funções".
Ouvir os filhos dá trabalho, porque, a partir da fala deles, temos que rever nossos conceitos, nossa juventude, nossa função de pais, nossa "disciplina ou indiscplina" de adultos, e isso nem sempre é muito agradável. Nossos filhos precisam de nós!
Interessarmo-nos pelos assuntos deles significa pararmos outras coisas para ter escuta, significa desligarmos o notebook, a TV, significa ouvirmos a opinião deles, sem acharmos que o mundo gira em torno da nossa verdade adulta.
A tendência natural é que nós, pais, sejamos sempre movidos por boas intenções, mas ao negar uma simples realidade, uma pequena experiência de vida relatada ou vivida por eles, damos ao filho a impressão de que ele existe no incompreensível ou de que a sua capacidade não é suficiente para dar conta da vida.
O filho deve sentir-se levado a sério, tendo suas próprias opiniões e escolhas. Tem o direito de errar - Óh céus! Quanto nós pais já erramos! Eles têm o direito de começar de novo, de investigar. E, nós pais, precisamos cuidar de nossos gestos, do nosso olhar, da palavra mal pensada e dita, pois podemos contribuir para atenuar ou acelerar problemas mais sérios. Somos o adulto da relação.
O ser humano compromete a sua capacidade de funcionar se não tiver sua auto -estima intacta, e os nossos filhos poderão tê-la ou não, dependendo de como nos envolvemos com os seus feitos, com os seus sucessos, derrotas, conflitos. Nosso filhos precisam de nós! E precisam de nós também para escolher a profissão que irão seguir.
Nós pais, somos referência para nossos filhos, e se formos uma referência parada, que não opina, que não se interessa, uma referência que eles não se orgulham de ter. Se deixamos o tempo correr para ver se lá na frente tem jeito, estaremos seriamente sujeitos a ficar recolhendo os cacos da nossa dificuldade em assumir a missão que é nossa, e que ninguém poderá substituir-nos: Sermos Pais.
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