sábado, 22 de setembro de 2012

Pais: "Falem com seus filhos, não só sobre passar no Vestibular.....


   Tenho acompanhado com preocupação, inúmeros casos onde percebo que o silêncio paira no ar....O que está acontecendo?
   Será que está comum não nos comunicarmos, não falarmos, não olharmos nos olhos das pessoas, dos nossos filhos, dos nossos pais, dos nossos amigos? Será normal não sabermos e não termos curiosidade de saber?
   Em época de inscrição para os vestibulares, ENEM, pesquisa de profissões, orientação de carreira, muitos alunos nos procuram. Ás vezes com dúvidas corriqueiras, ás vezes com dúvidas muito sérias. Por exemplo, acho uma dúvida séria quando desenvolvemos uma dinâmica   voltada para as atividades profissionais que foram  desenvolvidas pelos avós, bisavós, pais, tios, e percebo que um número significativo de alunos não sabem a profissão dos pais. Isso mesmo. Até eu não saber o que meus bisavós faziam, ou os avós, no que trabalham ou trabalharam, digamos que não seria tão provável, mas me assusta o jovem me dizer; "Olha Bel, sei que meu pai fez curso superior, mas eu não sei direito qual curso foi. Parece que ele começou um, desistiu e começou outro, mas não sei te falar".
   Acreditem, isso é mais comum do que vocês possam imaginar!
   Uma outra coisa que não sabem: o ramo da atividade que os pais trabalham, o nome da empresa que desempenham sua atividade profissional. E aí me pergunto, não seria o momento de mudarmos esse cenário? Claro fica,  que isso é falta de conversa, falta de interesse de um pelo outro. Como seria bom se,  os pais contassem para seus filhos como "cresceram" na vida. Como optaram pela profissão que têm, quais os dramas que vivenciaram na sua caminhada, o que deu certo e o que não deu. Contem para seus filhos, como foi começar um curso e ter que parar, às vezes por falta de dinheiro, ou por ter escolhido o curso errado que não tinha nada a ver com você.Falem para ele como é a sua rotina no trabalho, coisas que você apesar de não gostar têm que fazer, atingir as metas e outras que você gosta muito, e se sente feliz com isso.
   Os nossos filhos irão ver significado naquilo que sentirem importância. Se nós, enquanto adultos da relação e enquanto pessoas que já passaram por toda essa vivência, não nos sentirmos entusiastas para passar isso ao filho, e estimulá-lo a conhecer a vida, estaremos numa função extremamente passiva, como se não estivéssemos implicados na situação e na dúvida, e pior, como se não estivéssemos interessados no que ele está passando nesse momento,  e na vida dele.
   Conversem com seu filho sobre isso. Digam à ele se vocês, pais, vão conseguir pagar uma faculdade particular se ele não conseguir na pública. Ajudem-no à encontrar possibilidades: estudar à noite e trabalhar de dia, morar fora ou viajar todos os dias, fazer empréstimo através do FIES, ou até verificar se a própria faculdade têm algum tipo de empréstimo, desconto para quem desenvolve alguma atividade na faculdade, entre outras opções.
   A ideia é: sem conversa, escolher profissão fica muito, mas muito mais difícil!

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